Entre outubro e novembro, cerca de mil escolas estaduais paulistas – um quinto do total – devem receber um CD com poemas declamados pelo governador José Serra (PSDB). O tucano, que “emprestou” sua voz para Olavo Bilac (1865-1918) e Castro Alves (1847-1871) aceitou o convite da Poiesis – organização que mantém, entre outras entidades, a Casa das Rosas e o Museu da Língua Portuguesa –, para integrar do elenco do disco Gravado na Alma.
Além de difundir a poesia, o projeto visa a incentivar a leitura de autores clássicos através de vozes conhecidas. José Serra terá entre seus companheiros de CD personalidades como a jornalista Ana Paula Padrão, o ex-jogador de futebol Raí, o sommelier Manoel Beato, a atriz Clarice Abujamra e o músico Toquinho. “Todos aceitaram participar sem cobrar cachê. As gravações foram quase todas feitas em estúdio. A exceção foi o governador, que pediu que fôssemos até o Palácio dos Bandeirantes”, conta Dirceu Rodrigues, um dos idealizadores do projeto. Ele conta que foram necessárias várias tentativas até que Serra acertasse o tom. “É que o microfone é muito sensível”, justifica, lembrando que ruídos do ambiente do Palácio, como telefones tocando, dificultaram as gravações.
O governador só impôs uma condição para participar: que ele pudesse declamar os versos de Vozes da África, de Castro Alves. Onde se lê o seguinte trecho: “Deus! ó Deus! Onde estás que não respondes?...”. O outro poema recitado por Serra é um dos sonetos de Via Láctea, de Olavo Bilac.
Orçado em R$ 12 mil – valor que inclui produção, aluguel do estúdio, edição, gravação, mixagem e masterização – , o projeto foi custeado pela Secretaria de Estado da Cultura. Não está descartada a gravação de nova tiragem em 2010.
em parceria com Pedro Venceslau.
Sexta-feira, 24 de julho de 2009
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