14 de jul. de 2009

Vidas que viram números

SEGURANÇA

Ontem foi divulgada a edição 2008 do Mapa da Violência dos Municípios Brasileiros. São Paulo melhorou: em relação ao último estudo, baixou os índices de alarmantes 48,2 homicídios para cada 100 000 habitantes para (ainda pavorosos) 31,1. De 560 cidades analisadas, somos a 492º mais violenta. Os dados desse levantamento, realizado pela Rede de Informação Tecnológica Latino Americana não batem com os números da Secretaria de Segurança Pública de São Paulo — que exclui da conta os latrocínios e homicídios culposos e divulga um número mais light, de “apenas” quinze assassinatos por 100 000 habitantes.

Em outubro de 2006, acompanhando o trabalho da polícia, encarei de perto esse mundo perverso dos que matam. Fizemos uma reportagem contando um pouco da vida de catorze pessoas assassinadas em São Paulo durante um fim de semana. É importante, quando observamos estatísticas assim, nos lembrarmos que por trás dos números há seres humanos. Quinze ou 31 mortes pode parecer pouco. Mas são pessoas — com histórias, sonhos e toda a complexidade de suas vidas — que foram brutalmente assassinadas.


Quarta-feira, 30 de janeiro de 2008

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